<div><img src="http://static.wixstatic.com/media/67d9b9_da78719867c7421da8efd86bedd046f5~mv2.jpg"/><div>Rio de Janeiro/Fortaleza. Na última quinta-feira (3), a Livraria Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro, ofereceu o prestigiado lançamento do livro &quot;O Cearense&quot;, de Parsifal Barroso.</div><div>A segunda edição da obra também será lançada em Fortaleza, na próxima terça-feira (8), às 19 h, na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE). Figura histórica do Brasil, Parsifal Barroso foi o mais jovem ministro do presidente Juscelino Kubitschek, além de governador do Ceará e deputado federal em dois momentos. Vale a pena conferir as reexões deixadas pelo político acerca de seu próprio povo, em uma análise do que ele mesmo chama de &quot;cearensidade&quot;. O evento contou com a presença de convidados ilustres, dentre os quais o escritor Carlos Nejar, da Academia Brasileira de Letras; Sérgio Baeta, diretor da Digitaliza, empresa especializada em conteúdos digitais; e Raimundo Gadelha, da Escrituras Editora, responsável pela publicação. O Cearense é um profundo, convicto e inteligente ensaio escrito por ninguém menos que Parsifal Barroso, personalidade política que acumula cargos de peso e relevância histórica.</div><div>Com sua ampla experiência, incluindo funções como governador do Ceará (1959-1963), senador e deputado federal em duas ocasiões, conhecia e compreendia o povo cearense através de uma perspectiva única. Intelectual nato, acumulava conhecimentos de ciências sociais e história do Brasil e da região. A análise do que é a &quot;cearensidade&quot; guia esta obra através de questões como a origem e os traços culturais desse povo tão distinto, que possui, nas palavras do autor, uma &quot;modalidade própria de ser, de falar, de agir e de armar-se, que não se confunde com qualquer outra&quot;.</div><div>Este volume pertence ao selo Escrituras, sendo uma reedição feita em parceria com o Instituto Myra Eliane de Fortaleza. José Parsifal Barroso nasceu em Fortaleza, em 1913. Em 1936, foi eleito deputado classista à Assembleia Legislativa do Ceará, mandato interrompido quando foi cassado no golpe conhecido como Estado Novo. Passou, então, a advogar e ministrar aulas em colégios de Fortaleza. Em 1945, com o do Estado Novo e a deposição de Getúlio Vargas, elegeu-se deputado constituinte pelo Ceará. Em 1950, foi eleito deputado federal do Ceará. Em 1954, elegeu-se senador na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).</div><div>Trabalhou na campanha presidencial de Juscelino Kubitschek e, com a eleição deste, foi nomeado ministro do Trabalho, Indústria e Comércio. Em outubro de 1958, foi eleito governador do Ceará. Em 1970, foi novamente deputado federal pelo Ceará. Em 1977, foi nomeado ministro-conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal, cuja presidência assumiu em 1979. Publicou repetidamente nos jornais do Ceará, principalmente no O Estado, O Povo e Tribuna do Ceará, além de colaborar na Revista do Instituto do Ceará. Entre suas obras, destaca-se Pedro, nosso irmão (1950), Na casa do barão de Studart (1969), Um francês cearense (1973) e o alentado estudo sobre Senador Pompeu, &quot;um</div><div>cabeça-chata autêntico&quot;, na Revista do Instituto do Ceará, volume 97, de 1978. Faleceu em 1986.</div></div>