<div><img src="http://static.wixstatic.com/media/41e7a2_4e6683899b0042c3981ac23bce5d6a28~mv2.jpg"/><div>Muito se fala do jeito de ser do povo cearense, a chamada “cearensidade”. As características particulares e formação da gente do “Siará” foram estudadas ao longo dos anos, mas muitas obras a esse respeito se perderam ou sofreram por esquecimento. Com esse intuito, o Instituto Myra Eliane relança um dos mais importantes livros sobre o assunto: “O Cearense”, de José Parsifal Barroso, originalmente publicada em 1967. A publicação é editada pela Escrituras Editora. A segunda edição do livro será lançada em Fortaleza, no próximo dia 08 de agosto, às 19 horas, na Assembleia Legislativa do Ceará.</div><div>Antes disso, a obra será lançada na Livraria Travessa Ipanema, no Rio de Janeiro, em 03 de agosto. </div><div>"Embora o cearense se pareça com o brasileiro a muitos respeitos, sua presença sempre se assimila por uma modalidade própria de ser, de falar, de agir e de afirmar-se, que se não confunde com qualquer outra”, diz Parsifal Barroso no livro. A obra aborda a “civilização cearense”. A conformação geográfica do Estado, em forma de ferradura, deixando o estado como se fosse insular, segundo o autor, já seria uma característica que teria influência no modo de ser do cearense, na nossa formação cultural e política. </div><div>A segunda edição manterá o prefácio original da primeira, produzido pelo intelectual e escritor cearense Djacir Menezes, também acrescido de um prefácio de Igor Queiroz Barroso, presidente do Instituto Myra Eliane e neto de Parsifal. À época do lançamento, o livro teve grande repercussão, inclusive na imprensa nacional, com reportagem na revista O Cruzeiro, a mais relevante do país. </div><div>"Não é somente a pesquisa de fontes históricas e sociais que realça o valor deste livro. É também o amor radical à gente do nordeste das secas. E sobretudo à terra, que está circundada [...] por uma vasta ferradura pétrea de serras, que a configuram de modo específico, diferenciando o trecho nordestino como 'Ceará'", destaca Djacir Menezes no prefácio da edição original. </div><div>Para Igor Queiroz Barroso, a obra é uma das maiores demonstrações de carinho e paixão de Parsifal Barroso por sua terra natal. Além disso, lança pioneiramente um conceito bastante difundido atualmente "Pioneiramente, Parsifal desenvolve o conceito de 'cearensidade' considerando, inclusive a geografia das chapadas em forma de ferradura e, ao norte, o litoral. Também especula sobre as etnias bases de nossa raça e inclui, entre elas, a figura do cigano mediterrâneo”, destaca. </div><div>Em 1976, Parsifal Barroso falou sobre a obra à professora Luciara Silveira de Aragão, para o projeto de História Oral produto do Convênio da Universidade Federal do Ceará com o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. "Considero o livro ‘O Cearense’, que publiquei quando ainda estava como professor de Sociologia da Universidade Federal do Ceará, um roteiro básico para o entendimento do Ceará e do cearense. [...] Quando provei a uns e outros a necessidade de nos conhecermos melhor a nós mesmos. A nossa realidade telúrica e a nossa realidade humana, para entendermos então o que é o problema social em nosso Estado. O livro 'O Cearense" foi o toque de clarim, a primeira abertura para que viessem outros na mesma direção em busca dessas fontes que ainda estão por ser pesquisadas”, explicou. </div><div>Sobre Parsifal Barroso </div><div>José Parsifal Barroso nasceu em Fortaleza no dia 5 de julho de 1913. Era casado com Raimunda Olga Monte Barroso, com quem teve cinco filhos. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Ceará, atuou como advogado, professor, jornalista e político. </div><div>Exerceu importantes cargos na vida pública, como deputado classista (1936-1937), deputado constituinte (1945-1949), deputado federal (1951-1955 e 1971-1977), inistro do Trabalho (1956-1958), senador (1958-1959), governador do Ceará (1959-1963) e presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal (1979). </div><div>Além de "O Cearense", Parsifal Barroso publicou diversas obras como Pedro, nosso irmão, Na casa do barão de Studart, Um francês cearense (1973), e Senador Pompeu, um cabeça-chata autêntico (separata da Revista do Instituto do Ceará), Vivências Políticas e Uma história política do Ceará.</div><div>Lançamento do livro “O Cearense” </div><div>Data: 08 de agosto</div><div>Horário: 19h</div><div>Local: Assembleia Legislativa do Ceará – Plenário 13 de Maio (Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres – Fortaleza)</div><div>Mais informações:</div><div><a href="http://ocearense.com/">ocearense.com</a></div></div>